Aprendendo coisas novas

Às vezes não há nada melhor do que uma receitinha simples e básica para complementar o almoço. As conservas são ótimas para preservar os legumes e vegetais fresquinhos por mais algum tempo, além de acrescentar um sabor delicioso à comida. E quando são feitas em casa ganham todo um gostinho especial.

Sempre tive vontade de fazer conservas caseiras, mais no sentido de aprender como são feitas do que para substituir as versões industrializadas que compro. Depois de provar esta, percebi que as conservas feitas em casa são bem mais saborosas do que as compradas prontas. Agora vou ter que comprar muitas verduras para aproveitar essa minha nova descoberta na cozinha.

Abobrinha em conserva

Abobrinha em conserva

360 ml de vinagre de arroz
300 g de abobrinha em rodelas finas
2 col. de sopa de açúcar
1 col. de sopa de sal
pimenta calabresa em flocos a gosto

Modo de preparo:
Numa tigela, junte o vinagre de arroz com o sal e o açúcar. Mexa bem para incorporar tudo. Leve ao fogo baixo e aqueça, sem deixar ferver, mexendo constantemente por alguns minutos até dissolver o sal e o açúcar completamente. Você pode também levar ao micro-ondas por 30 segundo para terminar de dissolver os cristais.
Lave bem a abobrinha e jogue fora as pontas. Corte em rodelas finas, ou na espessura que preferir, e mergulhe na mistura de vinagre. Acrescente a pimenta calabresa em flocos a gosto e mexa certificando-se que todo o legume esteja coberto. Leve à geladeira por pelo menos 6 horas antes de servir.
A conserva pode ser guardada na geladeira por 5 dias.

Esta versão de conserva de abobrinha usou vinagre de arroz e pimenta calabresa em flocos para dar um toque oriental ao sabor final, mas você pode usar vinagre de vinho branco normal caso prefira. Como eu gosto muito do sabor do vinagre de arroz, achei esta versão da conserva super saborosa e não mudaria nada.

Vale ressaltar que esta conserva caseira fica com o sabor do vinagre bem ressaltado. As versões industrializadas usam mais sal e açúcar para suavizar o sabor, o que é uma opção caso você não goste muito do sabor forte do vinagre. De qualquer maneira, a versão caseira tem um gosto mais natural do que as compradas prontas, o que, para mim, é sempre uma vitória.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Sequinhas e crocantes

Como comentei no post de ontem, o melhor acompanhamento para o clássico steak tartare são batatas chips assadas. Isso para quem não quiser enfrentar as verdadeiras batatas fritas que geralmente seguem junto do prato nos restaurantes típicos franceses. Não vejo muita vantagem em comer as batatas fritas sendo que estas ficam tão deliciosas quanto, mas cada um, cada um, né?

Já publiquei uma outra receita de batata chips assadas aqui no blog uns tempos atrás. Esta não é lá muito diferente, mas como usa a batata doce ao invés da batata inglesa comum o sabor fica outro e trás à refeição um toque especial. Quem quiser também pode salpicar um pouco de salsinha picada fresca por cima das batatas chips. Como não tinha em casa, fiz sem mesmo.

Chips de batata doce

Chips de batata doce

150 g de batata doce
azeite e sal a gosto

Modo de preparo:
Lave bem a batata e escove para tirar toda a sujeira e terra. Corte bem fininha, mantendo a casca, com o auxílio de um fatiador e legumes. Tempere com sal a gosto e regue com um fio de azeite.
Leve para assar em forno pré-aquecido em 230˚C por 30 minutos ou até que fiquem bem secas e crocantes. Vire as fatias da batata na metade do tempo para assar de maneira uniforme.

Para que as batatas fiquem bem sequinhas elas precisar ser cortadas o mais fino possível. O bom é utilizar um mandolin, espécie de cortador de legumes japonês que fatia vegetais bem fininhos. Eu, como não tinha um, fui na faca mesmo. Com isso, minhas fatias não ficaram de espessuras iguais e algumas não conseguiram ficar tão crocantes assim. Mas o sabor ficou delicioso do mesmo jeito.

Eu sempre indico nas receitas para temperar com sal a gosto pois acredito que cada um sabe a quantidade que agrada. Neste caso, vale ressaltar para colocarem um pouco mais do que seria o normal para vocês. Isso porque o sal ajuda a retirar a água da batata na hora que ela está assando. Desta forma, elas conseguem ficar mais sequinhas e crocantes quando estão no forno.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Buscando a variedade sempre

Não é nenhum segredo que eu adoro comer peixes. E achar receitas novas e diferentes para prepará-los tem se tornado um passatempo predileto meu nas noites sem muito o que fazer. Como adoro saborear estes animais marítimos gosto principalmente de variar a qualidade que como de um dia para o outro. Assim não corro o risco de enjoar de um tipo por comê-lo demais.

Quando comprei sardinha fresca, para preparar a receita de sardinha assada ao molho de ricota com mostarda, que publiquei aqui algumas semanas atrás, vieram 10 na bandeja. Como usei apenas 2, congelei as demais para usar num outro dia. Esta receita de hoje foi a desculpa perfeita para tirar o peixe do congelador e saboreá-lo novamente. Ficou uma delícia.

Sardinha crocante assada

Sardinha crocante assada

2 unidades de sardinha fresca abertas como borboletas
2 col. de sopa de farinha de rosca
1 clara
suco e raspas de 1 limão
azeite, orégano, salsinha e pimenta calabresa a gosto

Modo de preparo:
Tempere a sardinha com o suco de limão e sal a gosto. Numa tigela, misture a farinha de rosca, as raspas de limão, o orégano, a salsinha e a pimenta calabresa. Para empanar o peixe, passe a parte da carne do peixe na clara e depois na mistura de farinha. Repita com a segunda unidade.
Arrume as sardinhas numa forma refratária untada com um pouco de azeite com a pele virada para baixo. Leve para assar em forno médio (200˚C) de 10 a 15 minutos ou até que o peixe fique bem douradinho. Sirva acompanhado de arroz integral ou selvagem e legumes no vapor.

O gostinho azedo das raspas de limão dão um toque sensacional à esta receita. Como o peixe é assado e não frito, ele continua sendo bastante saudável apesar de ser empanado. Caso queira deixá-lo mais nutritivo, opte por farinha de rosca integral ou triture você mesmo duas fatias de pão integral torrado.

A quantidade de farinha indicada na receita é apenas uma base para ter noção de quanto realmente é usado no peixe. Na prática, a melhor maneira de fazer é derramar um pouco mais no prato que será feita a mistura para poder empanar os peixes sem preocupação. Mas como o resto de farinha que sobra é jogado fora, vale a pena não exagerar demais para não desperdiçar muito no final.

Por hoje é só.

Bon appetit!

É tempo de misturar

Tradição 100% brasileira, sábado é dia de feijoada. E como estamos no sábado de carnaval, tempo de diversão e combinações inusitadas, nada melhor do que incorporar receitas diferentes ao conjunto tradicional. Minha sugestão pode até parecer bizarra, mas garanto que vale a pena experimentar.

Alias, preparei esta entradinha sábado passado justamente para acompanhar uma feijoada clássica. O resultado foi espetacular e todos os que provaram confirmaram que ficou uma delícia. Sempre quis aprender a fazer uma tradicional pasta de berinjela árabe, a babaganuche? Aproveite o dia de hoje e viaje na brincadeira de misturar.

Babaganuche (pasta de berinjela)

Babaganuche (pasta de berinjela)

1 kg de berinjela (+/- 3 unidades médias)
8 dentes de alho
6 col. de sopa de tahine (pasta de gergelim)
100 ml de suco de limão
sal e azeite a gosto

Modo de preparo:
Fure as berinjelas com um garfos por toda a superfície. Arrume numa travessa antiaderente as berinjelas e os dentes de alho ainda com casca. Leve para assar em fogo médio (220˚C) por aproximadamente 40 minutos (ou até ficarem macios). Vire as berinjelas e os dentes de alho de vez em quando para que assem de maneira uniforme.
Retire do forno e deixe esfriar. Descasque tudo, corte em pedaços pequenos e coloque num multiprocessador. Acrescente o tahine e metade do suco de limão e triture até começar a ficar homogêneo. Prove e coloque mais do suco de limão para acertar o sabor a gosto. Termine de triturar até ficar quase pastoso.
Transfira para uma tigela e regue com azeite e sal a gosto. Vá misturando com uma colher e provando para ficar na consistência e gosto que quiser. Sirva de entrada com torradinhas integrais.

O tahine, pasta feita de sementes de gergelim, é um ingrediente indispensável para o preparo de pratos tipicamente árabes. Outra pasta muito conhecida, o homus, também tem o tahine como base. Já encontrei algumas receitas de como fazer tahine caseiro, mas é bem mais prático usar a versão industrializada. Ele é bem fácil de achar em grandes supermercados.

Esta babaganuche fica absolutamente espetacular e combinou direitinho com a feijoada para a qual a preparei. Entretanto, sua consistência é bem rústica já que a berinjela ainda fica em pedaços. Se quiser que fique mais pastosa, basta acrescentar um pouco mais de tahine e deixar mais tempo no multiprocessador. De qualquer maneira, fica absolutamente deliciosa.

Por hoje é só.

Bon appetiti!

A arte de se apaixonar pela gastronomia

Quem disse que salada não pode ser deliciosa, divertida e diferente? Já não é segredo para ninguém que lê meu blog que desde que conheci a culinária japonesa me apaixonei completamente. Além de super saborosa, reúne uma mistura altamente saudável de nutrientes essenciais para nosso corpo.

E foi numa dessas minhas aventuras por temakerias de São Paulo que conheci outro prato apaixonante: salada de pepino agridoce. Sempre soube que não deveria ser muito difícil preparar esta entradinha deliciosa, mas até agora não tinha embarcado nesse desafio. Até que consegui uma receita extremamente simples e rápida. Agora faço praticamente dia sim dia não para comer com meu almoço. Vai dizer, viciei geral, né?

Salada de pepino japonês

Salada de pepino japonês

1/2 pepino médio
60 ml de vinagre de arroz
1/4 de col. de chá de sal
1 col. de chá de açúcar
1 col. de sopa cheia de semente de gergelim torrado (opcional)

Modo de preparo:
Corte a casca do pepino alternando uma tira sim outra não de modo que fique apenas meio descascado. Com a ajuda de um fatiador, corte o pepino em fatias bem finas (quase transparentes). Numa tigela, misture bem o vinagre de arroz com o sal e o açúcar. Mexa bem para dissolver completamente. Acrescente as fatias de pepino à conserva e salpique o gergelim por cima. Leve à geladeira por 30 minutos antes de servir.

O gostinho agridoce desta salada é incomparável. A simplicidade dela também a torna perfeita para acompanhar praticamente qualquer refeição. O melhor é que não precisa ser necessariamente um almoço de comida oriental. Dia desses preparei esta salada para acompanhar um peito de frango grelhado com legumes. Ficou uma delícia.

Caso você ache a salada simples demais, existem algumas variedades interessantes para experimentar. Uma opção fácil é acrescentar 30 g de macarrão transparente (harussame). Outra dica inclui colocar sticks de kani ou cubinhos de tofu. Ambos são ótimas fontes de proteína e incorporam sabores deliciosos à salada.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Para devorar sem culpa

O post de hoje funciona, de certa forma, como um acompanhamento ao de ontem. Clássicos aperitivos da culinária mexicana, chips de milho ou de trigo são deliciosos, crocantes e altamente viciantes. Porém, o fato de serem fritos também significa que acumulam quantidades muito altas de gordura saturada tornando-os opções pouco recomendadas para um consumo regular.

Como alternativa, surgem os chips de batata assada. Por serem assados e não fritos, estão livres de gordura e conseguem ficar tão crocantes como os tradicionais seguindo alguns truques simples. E o melhor, além de servirem muito bem como aperitivo ao chili tex-mex de carne moída com feijão da receita de ontem, são ótimos para substituir aquele pacotinho de batatas industrializado que insistimos em devorar na hora do lanche. Não custa repetir, guloseimas ou salgadinhos quando feitos em casa geralmente acabam sendo mais saudáveis. Invista.

Chips de batata

Chips de batata

1/2 batata inglesa
sal grosso

Modo de preparo:
Lave bem a batata e corte em rodelas finas (não há necessidade de descascar). Deixe de molho numa tigela com água e gelo de 15 a 20 minutos. Escorra a água e seque bem as rodelas com papel toalha.
Forre o prato do microondas com duas camadas de papel toalha. Salpique sal grosso por cima das batatas e arrume no prato de microondas de modo que nenhuma fique por cima da outra. Se necessário divida e faça em duas etapas.
Leve ao microondas em potência máxima por 8 minutos parando no meio do tempo para virar de lado. Em seguida, coloque as batatas numa forma antiaderente e asse em forno baixo (180˚C) pré-aquecido por 10 minutos virando na metade do tempo. Sirva quente.

Segundo o livro do qual peguei a receita, o truque para as batatas ficarem crocantes são os 15 minutos que elas ficam de molho na água gelada. Já eu acrescentaria mais uma dica: certifique-se de cortar as rodelas bem finas mesmo. Quando preparei os chips, algumas saíram mais grossas e por isso não ficaram tão crocantes. Mesmo assim, as que consegui cortar bem fininhas ficaram perfeitas.

Na hora de colocar o sal, tenha cuidado para não exagerar. Fiz isso sem querer com algumas das minhas e elas ficaram um tanto salgadas demais. Para quem não tiver sal grosso em casa também pode usar o sal comum de cozinha. Entretanto, a vantagem do sal grosso é que ele não contamina tanto o sabor da batata tornando o sabor mais sutil. Além disso, é mais fácil controlar a quantidade acrescentada já que os grão são maiores.

Por hoje é só.

Bon appetit!