Sabendo escolher os acompanhamentos

Continuando com a semana de receitas para aquele cardápio de jantar especial, nada melhor do que um acompanhamento simples mas incrementado ao mesmo tempo para casar perfeitamente com o lombinho de porco que sugeri post anterior. E como a primeira receita não foi exatamente o que podemos considerar “saudável”, vale investir num segundo prato um pouco mais preocupado com a alimentação balanceada.

Pensando nisso, resolvi preparar um risoto diferente. Aqui uso o termo “risoto” abertamente, no sentido de significar “arroz incrementado” e não necessariamente da maneira como estamos acostumados a pensar um risoto: arroz arbóreo típico italiano bastante cremoso e com molho de queijo. Modéstia à parte, todos meus risotos são deliciosos, mas este senti que teve um gostinho especial.

Risoto de arroz selvagem com aspargo verde

Risoto de arroz selvagem com aspargo verde

200 g de arroz selvagem
200 g de aspargo verde fresco
120 ml de vinho branco
1/2 cebola picada
2 dentes de alho amassados
azeite e sal a gosto

Modo de preparo:
Aqueça uma panela antiaderente e regue com um fio de azeite. Refogue a cebola e o alho até ficarem aromáticos. Acrescente o arroz e tempere com sal a gosto. Refogue mais um pouco para que o arroz solte o aroma natural que tem. Despeje o vinho branco e deixe evaporar quase todo mexendo de vez em quando.
Acrescente a quantidade de água indicada na embalagem para cozinhar o arroz e deixe o tempo indicado mantendo uma leve fervura em fogo baixo. Quando faltar 5 minutos para o arroz ficar pronto, junte o aspargo lavado e cortado em pedaços pequenos. Deixe secar toda a água até que o arroz esteja totalmente cozido e sirva a seguir.

Rende de 4 a 6 porções.

Um dos fatores que deixou este prato especial foi que fui inventando a receita na hora que estava preparando. Apesar de não ser um risoto clássico pensei que nada impedia de começar com o mesmo passo que uso quando estou fazendo a receita italiana, refogar o arroz no vinho branco. Nem preciso dizer que fez toda a diferença.

O arroz selvagem é uma ótima alternativa de grão integral para incluirmos na nossa dieta semanal. Além de ter muito mais fibras que o arroz integral comum, ele possui um sabor característico que deixa qualquer refeição mais saborosa e especial. A combinação que fiz com o aspargo ainda garantiu um verdinho tão importante no resultado final. E claro, ficou divino!

Por hoje é só.

Bom appetit!

A facilidade dos pratos únicos

Esta não é a primeira e com certeza não será a última vez que falo das facilidades de preparar pratos únicos para o almoço ou jantar. Além de agilizar a vida na cozinha, estas refeições conseguem aliar todos os ingredientes necessários para ter uma alimentação completa e balanceada em uma só panela.

Tudo bem que a dica de hoje não é tão simples ou rápida como algumas outras que compartilhei aqui. Isso porque nada se compara a rapidez de pratos como a galinhada de funghi com ervilha ou da tigela de frango com arroz e brócolis que preparei em outras ocasiões. Mas desta vez o pequeno esforço a mais compensa no resultado delicioso do prato final.

Caçarola de arroz com aspargo

Caçarola de arroz com aspargo

1/2 pacote de arroz integral em saquinho cozido
100 g de carne moída
400 g de aspargo fresco
100 g de cebola picada
1 dente de alho amassado
120 ml de leite desnatado
1 col. de sopa cheia de farinha de trigo
1 un. de polenguinho light
70 g de milho congelado
10 g de queijo ralado light
azeite, sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:
Unte uma forma refratária com um fio de azeite. Junte o arroz já cozido e o aspargo fresco cortado em pedaços médios na travessa e misture bem. Reserve.
Aqueça uma panela antiaderente e regue com um fio de azeite. Refogue a cebola e o alho até ficarem aromáticos. Acrescente a carne moída e refogue bem até cozinhar por completo. Junte à mistura na travessa e mexa bem até ficar homogêneo.
Em outra panela, junte o leite e a farinha. Misture bem com um batedor de arame para dissolver a farinha por completo e evitar que forme bolinhas. Ligue o fogo e vá mexendo até começar a borbulhar e engrossar. Junte o milho congelado e o polenguinho e mexa apenas até dissolver o queijo.
Tempere o creme com sal e pimenta a gosto e derrame por cima da mistura na travessa. Mexa bem para que fique tudo incorporado e bem misturado. Salpique o queijo ralado por cima de tudo.
Leve a travessa ao forno pré-aquecido em 230˚C por 15 minutos ou até gratinar levemente o queijo ralado. Sirva em seguida.

Rende 2 porções.

A demora neste caso na verdade está em esperar que o queijo ralado fique gratinado no forno. Isso porque o arroz já está cozido e a carne é refogada anteriormente. Se você quiser, ainda pode dar um choque térmico no aspargo antes de adicioná-lo à mistura da caçarola. Assim ele já vai cozido para o forno e o tempo total diminui ainda mais.

Adorei esta receita por ela ser saborosa e saudável ao mesmo tempo. Além de juntar ingredientes frescos e fáceis de manipular, não deixa de trazer um leve toque cremoso com o creme de milho com queijo preparado para juntar na mistura final. Quem quiser deixar o prato ainda mais colorido pode acrescentar cenouras cortadas em rodelas ou pimentões picados. Quanto mais variações de legumes e vegetais coloridos no prato, melhor!

Por hoje é só.

Bon appetit!

Saúde saborosa

Nada melhor do que uma segunda-feira para retomar aquela alimentação balanceada e saudável que deixamos escapar pelo caminho nos finais de semana. E começar com um franguinho cozido é simplesmente sensacional. Isso se ele for feito da maneira correta, claro.

Sim, porque não tem nada pior do que ter que comer peito de frango sem gosto todo dia só para não sair da dieta. Minha missão nesses muitos meses de blog que já acumulei sempre foi mostrar como é possível comer bem e saborear coisas deliciosas sem que elas sejam gordurosas e ultra calóricas. A receita de hoje é mais uma prova que só porque algo é saudável não quer dizer que seja sem graça ou sem gosto.

Frango ensopado com aspargo

Frango ensopado com aspargo

1 peito de frango
150 g de aspargo
1/2 lata de tomate pelado
50 g de cebola roxa picada
1 dente de alho amassado
60 ml de caldo de galinha
30 ml de vinho branco
azeite, sal, pimenta, tomilho e cominho a gosto

Modo de preparo:
Tempere o frango com sal e pimenta a gosto. Aqueça uma panela antiaderente e regue com um fio de azeite. Refogue a cebola picada e o alho amassado até ficarem macios e aromáticos. Despeje o vinho e deixe refogar mais um pouco até evaporar completamente.
Junte meia lata de tomate pelado, o caldo de galinha, o tomilho e o cominho em pó a gosto. Deixe ferver e acrescente o peito de frango. Cozinhe por 15 minutos em fogo baixo mantendo uma leve fervura.
Quando estiver quase pronto, junte o aspargo fresco cortado em pedaços médios. Deixe mais 5 minutos até que o aspargo fique al dente. Sirva a seguir.

O melhor desta receita é a sua simplicidade absurda. Ela serve como coringa de qualquer dia ou noite corrida e com falta de inspiração. E apesar de ser super fácil e levar poucos ingredientes, se preparada e apresentada da maneira certa, ela serve perfeitamente para um jantar mais sofisticado.

Isso porque justamente sua simplicidade faz com que combine com qualquer acompanhamento. Se quiser fazer este prato para uma ocasião mais especial, aproveite para investir num risoto de limão siciliano que complementa muito bem o frango com aspargo. A combinação fica completa com uma bela taça de vinho e uma mousse de chocolate no fim.

Por hoje é só.

Bon appetit!

As delícias mais simples da vida

Todo mundo certamente já refogou uma carne moída básica para comer com arroz ou macarrão uma vez na vida. Certamente, também, esse dia foi um daqueles que você mal teve tempo de pensar em fazer algo que não fosse relacionado ao trabalho, quanto mais pensar em algo incrementado para servir no jantar.

Às vezes precisamos de muita inspiração para transformar algo simples e rápido numa refeição deliciosa e visualmente apetitosa. Já peguei ideias de vários lugares de como deixar um prato singelo mais bonito e sofisticado. Desta vez, peguei uma ideia básica e resolvi incrementar um pouquinho. O melhor é que não foi nada difícil.

Pimentão recheado

Pimentão recheado

400 g de pimentão verde (aprox. 2 unidades médias)
200 g de carne moída
100 g de cebola
2 dentes de alho
5 ml de azeite, sal, pimenta e cominho a gosto

Modo de preparo:
Corte cada pimentão ao meio e retire bem todo o miolo e as sementes. Se for preciso, retire um pouco de cada base para que ele consiga ficar em pé. Tenha cuidado para não retirar completamente a base do pimentão.
Aqueça uma panela antiaderente e regue com um fio de azeite. Refogue a cebola picada e o alho amassado até começar a ficar aromático. Acrescente uma ou duas col. de chá de cominho em pó e mexa bem para incorporar todos os temperos.
Despeje a carne na panela e refogue até pegar uma cor e ficar no ponto desejado. Tempere com sal e pimenta a gosto e recheie as metades dos pimentões.
Arrume as metades dos pimentões numa travessa refratária e leve ao forno pré-aquecido em 23o˚C por 20 minutos ou até amolecer um pouco o pimentão sem perder a consistência nem ficar mole demais.
Este prato pode ser servido como acompanhamento de um risoto ou macarrão simples ou mesmo como prato principal de um grande banquete familiar.

Rende 2 porções.

Gostei desta receita pois ela pega algo super básico, a carne moída, e consegue dar uma sofisticada de leve nela sem demorar muito nem exigir muita técnica na cozinha. Além do toque mais que especial que o cominho em pó traz para qualquer receita, o fato de servir a carne moída dentro dos pimentões ajuda a incluirmos mais legumes variados na nossa alimentação diária.

Escolhi usar apenas o pimentão verde pois eram os mais bonitos do supermercado quando fui comprar. Dito isso, você pode usar qualquer variedade destes legumes tão saborosos ao preparar o prato. Aproveite ainda para usar uma variedade de cores. Assim, além de mais variado, seu prato fica ainda mais colorido e bonito.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Superando desafios

Hoje começo já confessando uma coisa. Nunca fui muito fã de nhoque. Sim, eu sei, é super clássico, um prato extremamente adorado na Itália e parte das refeições mais tradicionais do País. Aqui em São Paulo tem até o tal do dia do Nhoque, no qual todo dia 29 do mês é dia de comer nhoque para ter muita fortuna nas semanas seguintes.

Meu problema com esse coitado era que sempre achei pesado demais, com muito gosto de batata e nada que me lembrasse uma massa ou macarrão saboroso. Isso até que conheci esta receita que trago para vocês hoje. Não só foi a minha primeira vez fazendo nhoque caseiro (cuja experiência foi super bem sucedida) mas também descobri finalmente uma receita deliciosa e do meu agrado.

Nhoque de mandioquinha com ricota ao sugo e brócolis

Nhoque de mandioquinha com ricota ao sugo e brócolis

200 g de mandioquinha cozida, bem macia
1 gema
5 col. de sopa de farinha de trigo
100 g de ricota
sal a gosto

molho
1/2 lata de tomate pelado
50 g de cebola picada
1 dente de alho amassado
100 g de brócolis em floretes
azeite, sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:
Comece cozinhando a mandioquinha em água salgada até ficar bem macia. Deixe esfriar um pouco e junte a mandioquinha com a gema, a farinha e a ricota esfarelada numa tigela. Misture bem com as mãos até formar uma bola homogênea. Se precisar polvilhe com mais um pouco de farinha.
Transfira a massa para uma superfície enfarinhada e divida em quatro partes. Forme tiras longas e finas com cada parte de modo que fiquem como cobrinhas. Corte cada tirinha em pedaços pequenos de aproximadamente 1 centímetro de largura. Repita com o restante da massa.
Ferva 1 L de água e cozinhe o nhoque em porções por 5 minutos ou até que os pedaços subam até a superfície. Escorra e reserve. Repita até terminar tudo.
Para fazer o molho, refogue a cebola e o alho em um fio de azeite até ficarem aromáticos. Despeje metade da lata de tomate e o brócolis. Cozinhe em fogo médio por 5 a 7 minutos ou até ferver bem e reduzir um pouco. Sirva o nhoque regado com o molho de tomate e brócolis.

Não sei se foi o fato de ter ricota ou se realmente prefiro a mandioquinha por achá-la mais leve que a batata inglesa normal, mas esta receita de nhoque ficou absolutamente deliciosa. O melhor é que ele não me deu a sensação pesada que geralmente sentia quando comia nhoque antes.

Resolvi fazer este molho de tomate com brócolis mais suave para acompanhar o nhoque, mas você pode preparar qualquer molho de sua preferência. O mais clássico, e que cai super bem com esta versão, é o de carne moída, ou tradicional bolonhesa. Mas como sou adepta da inovação, aproveite para usar a imaginação e criar receitas diferentes. Que tipo de molho você escolheria para este prato?

Por hoje é só.

Bon appetit!

Leve e saudável

Tudo bem que o frio do inverno parece já ter ido embora. Mas nada impede de tomar uma sopinha deliciosa e investir num jantar mais leve de vez em quando. Melhor ainda se a sopa for super fácil de fazer e demorar quase nada para ficar pronta. O segredo é comprar ingredientes já pré-prontos como a beterraba cozida no vapor e embalada à vácuo deste caso.

O que me encantou nesta sopa, também, foi a cor vibrante do resultado final. Alias, várias sopas assim acabam com uma cor linda. É o caso desta outra de mandioquinha que publiquei alguns dias atrás aqui no blog. Sem contar com o contraste lindo do caldo verde que também compartilhei com vocês.

Sopa de beterraba

Sopa de beterraba

300 g de beterraba cozida
50 g de cebola picada
1 dente de alho amassado
240 ml de caldo de legumes
sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:
Junte a beterraba cozida cortada em cubos pequenos com a cebola picada e o dente de alho amassado no liquidificador. Acrescente caldo de legumes aos poucos a gosto e vá batendo até atingir a consistência cremosa de sopa desejada.
Leve a mistura à panela e tempere com sal e pimenta a gosto. Ligue o fogo e deixe ferver. Cozinhe por 5 a 10 minutos até ficar bem quente, mexendo de vez em quando. Sirva com uma salada verde e torradinhas integrais.

Neste caso optei por fazer uma sopa totalmente vegetariana e investir numa refeição sem carne. Para quem quiser colocar uma proteína no jantar pode acrescentar à sopa um peito de frango cozido e desfiado na hora que for esquentá-la na panela. Outra opção seria juntar uma latinha de sardinha ou atum na salada que acompanha a sopa.

Adoro saborear uma bela sopa como opção rápida e leve para o jantar. Uma vantagem das sopas é que elas podem ser feita com bastante antecedência e aquecidas rapidamente apenas na hora de comer. Para quem não tiver muito tempo, vale preparar várias porções e congelar cada uma separadamente, facilita, e muito, a vida.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Nada melhor do que uma sopinha

Com esse frio todo que tem feito aqui em São Paulo ultimamente nada melhor do que uma bela sopinha para esquentar as noites geladas que tem me feito sofrer. Adoro preparar estas delícias nesta época do ano. São tantas opções maravilhosas que nem sei por onde começar.

A melhor parte de fazer sopas é que além de serem super nutritivas, são também bastante leves, não pesam no estômago e nos deixam com uma sensação de saciedade por bastante tempo. Eu prefiro fazer as minhas em casa, mas para quem quiser tomar uma sopinha por aí vale uma dica: fuja dos “cremes” que geralmente levam muito creme de leite ou leite gordo na preparação e mandam a boa forma para bem longe.

Caldo verde magro

Caldo verde magro

180 g de batata
50 g de cebola picada
1 dente de alho amassado
300 ml de caldo de legumes
100 g de couve manteiga cortada em tiras
60 g de peito de peru light cortado em tiras
azeite, sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:
Aqueça uma panela antiaderente e regue com um fio de azeite. Refogue a cebola e o alho picados até ficarem aromáticos. Acrescente o caldo de legumes e deixe ferver. Cozinhe as batatas cortadas em cubos pequenos até ficarem levemente macias.
Com um amassador de batatas ou um garfo, amasse as batatas ainda dentro do caldo na panela para que forme uma espécie de purê rústico. Não precisa amassar demais para ficar homogêneo, o bacana e manter alguns pedaços de batata ainda intactos.
Junte a couve e o peito de peru cortados em tiras e deixe ferver por mais 2 ou 3 minutos para amaciarem. Tempere com sal e pimenta a gosto e sirva bem quente com torradinhas integrais ou um bela salada verde.

Gostei muito desta receita de caldo verde pois ela emagrece bastante a versão normal. Como não usa paio ou linguiça gorda na lista de ingredientes e opta pelo peito de peru light, a sopa ganha mais uma dimensão de leveza e torna-se uma perfeita aliada para estes dias frios de inverno.

Quando preparei o prato usei batatas inglesas comuns, mas nada impede que você use sua imaginação e substitua por batata doce ou mandioquinha. Com certeza com estas pequenas alterações a sopa vai ganhar ainda mais originalidade e irá transformar-se em uma experiência gastronômica única.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Viajando pela gastronomia mundial

Devo confessar que não conheço muito da culinária grega. Alguns poucos pratos aqui e ali formam o mínimo de experiência que já tive com esta cozinha mediterrânea tão saborosa. Mas apesar disso, sempre procuro me aventurar por caminhos novos e desconhecidos.

Dia desses achei uma receita do tal de “moussaka”. Prato característico da culinária da Grécia, ele é uma espécie de lasanha à base de carne de carneiro com batata, berinjela e molho de tomate. Muito provavelmente a versão que encontrei e preparei não é a mais tradicional já que no nome dizia ser a versão “rápida”. Mas nem por isso deixou de ser uma experiência fantástica e nova.

Moussaka de carne

Moussaka de carne

1 batata pequena
100 g de coxão mole moído
50 g de cebola picada
1 dente de alho amassado
1/2 lata de tomate pelado em cubos
60 ml de leite
1 clara
150 g de berinjela picada
1 col. de chá de canela em pó
1 col. de chá de noz moscada
2 col. de chá de cominho em pó
azeite, sal, orégano e pimenta a gosto

Modo de preparo:
Pré-aqueça o forno em 230˚C.
Aqueça uma panela antiaderente e regue com um fio de azeite. Refogue a cebola e o alho até ficarem macios e aromáticos. Acrescente a carne e refogue até começar a dourar.
Tempere com sal, orégano, canela em pó, noz moscada, pimenta do reino e cominho em pó a gosto. Despeje metade da lata de tomate pelado em cubos e mexa bem para incorporar todos os temperos. Junte a berinjela picada e deixe ferver. Cozinhe em fogo médio mantendo uma leve fervura por 10 minutos ou até reduzir um pouco e a carne e a berinjela ficarem macias.
Unte uma forma refratária com um fio de azeite. Corte a batata em tiras bem finas com o auxílio de um cortador de legumes. Arrume uma primeira camada de batata no refratário e despeje a mistura de carne por cima. Acrescente o restante da batata formando uma outra camada.
Numa tigela, bata levemente com um garfo o leite e a clara até ficar homogêneo. Despeje por cima da mistura na forma refratária e leve para assar no forno pré-aquecido por 30 minutos ou até que o molho de leite fique firme. Sirva quente.

Moussaka enformado

Eu sei que esta não é a versão mais tradicional do prato típico grego só pelo fato de usar carne de vaca e não carneiro na composição. De qualquer maneira, prefiro usar essa já que é bem mais fácil de achar no supermercado. Mas apesar de não ser a versão “real”, meu mussaka de carne ficou absolutamente divino, principalmente pela mistura de temperos acrescentadas.

Sempre me divirto achando pratos de culinárias diferentes para testar. Posso até optar pelas versões mais simplificadas de receitas complicadas como esta, mas qualquer aventura no desconhecido precisa começar devagar. Com certeza irei tentar preparar a mais tradicional das mussakas num futuro próximo porque me encantei demais com o sabor deste prato.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Novidades inusitadas

Quem me acompanha desde o princípio do blog sabe que estou sempre à procura de receitas divertidas, diferentes e, mais importante, saudáveis. Às vezes é difícil achar uma combinação que inclua todos esses elementos, mas quando encontro preciso provar para ver se vale à pena.

Foi o que aconteceu com esta receita de hoje. Apesar de conhecer algo sobre a culinária mexicana, confesso que nunca tinha ouvido falar deste prato específico. Muito provavelmente isso se deve ao fato da minha experiência ser mais com a comida dita “tex-mex” que tem muita influência da culinária do sul dos Estados Unidos e que já virou uma mescla de tradições gastronômicas.

Puebla-style chicken mole

Puebla-style chicken mole

1 peito de frango
1 dente de alho amassado
50 g de cebola picada
120 ml de caldo de galinha
1/2 lata de tomate pelado
15 g de uva passa branca
1 col. de sopa rasa de cacau em pó
azeite, sal, pimenta calabresa, casca de laranja, cominho e canela a gosto

Modo de preparo:
Aqueça uma panela antiaderente em fogo médio e regue com um fio de azeite. Refogue a cebola e o alho até ficarem macios. Salpique o cominho e a canela em pó a gosto e mexa bem para incorporar os temperos.
Derrame o caldo de galinha e acrescente a tira de casca de laranja, a uva passa e metade de uma lata de tomates pelados. Deixe ferver e coloque o peito de frango para cozinhar.
Quando o frango estiver cozido, retire e desfie com cuidado pois estará quente. Salpique o cacau em pó e mexa bem para não formar nenhuma bolinha e certificar-se de que está totalmente dissolvido.
Retorne o frango desfiado à panela e misture tudo para incorporar os sabores e ficar homogêneo. Deixe ferver por 10 a 15 minutos ou até reduzir bem. Sirva por cima de arroz ou macarrão e salpique pimenta calabresa a gosto.

O que mais me chamou a atenção nesta receita foi a lista de ingredientes. Nunca tinha pensado em colocar cacau em pó num prato que basicamente funciona como um molho de frango ótimo para acompanhar arroz, macarrão ou, como fiz no meu caso, polenta cremosa.

Aqui vale uma ressalva. A quantidade indicada dos ingredientes é exatamente a que estava na receita original. Quando fui provando o prato, à medida que cozinhava, achei que o sabor do cacau estava um pouco forte demais. Acabei acrescentando o restante da lata de tomates pelados para dar uma quebrada. No fim, achei o gosto sensacional. Se você adora experimentar coisas novas vale à pena com certeza! Mas vá com calma na hora de colocar o cacau em pó e não esqueça de ir provando o tempero para adequá-lo ao seu gosto.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Misturinha prática

Continuando no espírito da semana praticidade, compartilho com vocês hoje um prato que fiz alguns dias atrás. Geralmente gosto de planejar meus cardápios para a semana inteira e assim fazer supermercado já sabendo o que vou precisar comprar. Entretanto, semana passada eu iria cozinhar apenas 2 dias. Por isso, resolvi facilitar minha vida e escolher pratos que não exigissem muitos ingredientes ou elaboração.

Assim nasceu esta receita, que, apesar de parecer sem graça e corrida, ficou bastante saborosa e funciona super bem para momentos com falta de tempo ou de inspiração. Aproveitando ao máximo a praticidade dos pré-prontos saudáveis, usei as caixas de comidas cozidas no vapor sem adição de óleo ou conservantes. Definitivamente estes pacotinhos são ótimos aliados na cozinha de quem mora sozinho ou tem preguiça de cozinhar.

Galinhada com ervilha e funghi secchi

Galinhada com ervilha e funghi secchi

1/3 de xíc. de chá de arroz integral pronto
1/3 da caixa de peito de frango desfiado
80 g de ervilha em conserva
10 g de funghi secchi
50 g de cebola picada
azeite, páprica, sal, pimenta e tomilho a gosto

Modo de preparo:
Aqueça 1 xíc. de chá de água mas tire do fogo logo antes de ferver. Derrame numa tigela e acrescente o funghi secchi. Deixe descansar durante pelo menos 30 minutos até reidratar completamente. Retire os cogumelos, corte em pedaços menores e reserve o líquido que sobrou.
Enquanto isso, aqueça uma frigideira antiaderente em fogo médio e regue com um fio de azeite. Refogue a cebola até ficar macia e aromática. Acrescente o frango desfiado e algumas colheres do líquido reservado. Salpique com sal, pimenta e páprica a gosto para temperar. Mexa bem até incorporar todos os temperos e junte a ervilha e os cogumelos.
Continue mexendo para que fique tudo homogêneo e aquecido por completo. Por fim, junte o arroz e o tomilho a gosto. Misture tudo e sirva a seguir.

O segredo para incrementar estes alimentos já prontos é a maneira de temperá-los enquanto preparamos o prato. Por isso, apesar de poder investir em refeições express e práticas, é imprescindível ter em casa um estoque de temperos básicos como cebola, alho, pimenta e ervas de sua preferência.

No caso desta receita, o líquido dos cogumelos traz um sabor fantástico ao frango sem graça comprado já pronto nessas caixas. Além disso, o toque do tomilho e da páprica ajuda a elevar a complexidade de sabores tornando o prato mais interessante. É claro que você pode preparar este prato com ingredientes frescos e não os comprados prontos. Mas ter a opção de fazer algo saboroso e rápido de vez em quando ajuda e muito a vida.

Por hoje é só.

Bon appetit!