Sabendo escolher os acompanhamentos

Continuando com a semana de receitas para aquele cardápio de jantar especial, nada melhor do que um acompanhamento simples mas incrementado ao mesmo tempo para casar perfeitamente com o lombinho de porco que sugeri post anterior. E como a primeira receita não foi exatamente o que podemos considerar “saudável”, vale investir num segundo prato um pouco mais preocupado com a alimentação balanceada.

Pensando nisso, resolvi preparar um risoto diferente. Aqui uso o termo “risoto” abertamente, no sentido de significar “arroz incrementado” e não necessariamente da maneira como estamos acostumados a pensar um risoto: arroz arbóreo típico italiano bastante cremoso e com molho de queijo. Modéstia à parte, todos meus risotos são deliciosos, mas este senti que teve um gostinho especial.

Risoto de arroz selvagem com aspargo verde

Risoto de arroz selvagem com aspargo verde

200 g de arroz selvagem
200 g de aspargo verde fresco
120 ml de vinho branco
1/2 cebola picada
2 dentes de alho amassados
azeite e sal a gosto

Modo de preparo:
Aqueça uma panela antiaderente e regue com um fio de azeite. Refogue a cebola e o alho até ficarem aromáticos. Acrescente o arroz e tempere com sal a gosto. Refogue mais um pouco para que o arroz solte o aroma natural que tem. Despeje o vinho branco e deixe evaporar quase todo mexendo de vez em quando.
Acrescente a quantidade de água indicada na embalagem para cozinhar o arroz e deixe o tempo indicado mantendo uma leve fervura em fogo baixo. Quando faltar 5 minutos para o arroz ficar pronto, junte o aspargo lavado e cortado em pedaços pequenos. Deixe secar toda a água até que o arroz esteja totalmente cozido e sirva a seguir.

Rende de 4 a 6 porções.

Um dos fatores que deixou este prato especial foi que fui inventando a receita na hora que estava preparando. Apesar de não ser um risoto clássico pensei que nada impedia de começar com o mesmo passo que uso quando estou fazendo a receita italiana, refogar o arroz no vinho branco. Nem preciso dizer que fez toda a diferença.

O arroz selvagem é uma ótima alternativa de grão integral para incluirmos na nossa dieta semanal. Além de ter muito mais fibras que o arroz integral comum, ele possui um sabor característico que deixa qualquer refeição mais saborosa e especial. A combinação que fiz com o aspargo ainda garantiu um verdinho tão importante no resultado final. E claro, ficou divino!

Por hoje é só.

Bom appetit!

A facilidade dos pratos únicos

Esta não é a primeira e com certeza não será a última vez que falo das facilidades de preparar pratos únicos para o almoço ou jantar. Além de agilizar a vida na cozinha, estas refeições conseguem aliar todos os ingredientes necessários para ter uma alimentação completa e balanceada em uma só panela.

Tudo bem que a dica de hoje não é tão simples ou rápida como algumas outras que compartilhei aqui. Isso porque nada se compara a rapidez de pratos como a galinhada de funghi com ervilha ou da tigela de frango com arroz e brócolis que preparei em outras ocasiões. Mas desta vez o pequeno esforço a mais compensa no resultado delicioso do prato final.

Caçarola de arroz com aspargo

Caçarola de arroz com aspargo

1/2 pacote de arroz integral em saquinho cozido
100 g de carne moída
400 g de aspargo fresco
100 g de cebola picada
1 dente de alho amassado
120 ml de leite desnatado
1 col. de sopa cheia de farinha de trigo
1 un. de polenguinho light
70 g de milho congelado
10 g de queijo ralado light
azeite, sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:
Unte uma forma refratária com um fio de azeite. Junte o arroz já cozido e o aspargo fresco cortado em pedaços médios na travessa e misture bem. Reserve.
Aqueça uma panela antiaderente e regue com um fio de azeite. Refogue a cebola e o alho até ficarem aromáticos. Acrescente a carne moída e refogue bem até cozinhar por completo. Junte à mistura na travessa e mexa bem até ficar homogêneo.
Em outra panela, junte o leite e a farinha. Misture bem com um batedor de arame para dissolver a farinha por completo e evitar que forme bolinhas. Ligue o fogo e vá mexendo até começar a borbulhar e engrossar. Junte o milho congelado e o polenguinho e mexa apenas até dissolver o queijo.
Tempere o creme com sal e pimenta a gosto e derrame por cima da mistura na travessa. Mexa bem para que fique tudo incorporado e bem misturado. Salpique o queijo ralado por cima de tudo.
Leve a travessa ao forno pré-aquecido em 230˚C por 15 minutos ou até gratinar levemente o queijo ralado. Sirva em seguida.

Rende 2 porções.

A demora neste caso na verdade está em esperar que o queijo ralado fique gratinado no forno. Isso porque o arroz já está cozido e a carne é refogada anteriormente. Se você quiser, ainda pode dar um choque térmico no aspargo antes de adicioná-lo à mistura da caçarola. Assim ele já vai cozido para o forno e o tempo total diminui ainda mais.

Adorei esta receita por ela ser saborosa e saudável ao mesmo tempo. Além de juntar ingredientes frescos e fáceis de manipular, não deixa de trazer um leve toque cremoso com o creme de milho com queijo preparado para juntar na mistura final. Quem quiser deixar o prato ainda mais colorido pode acrescentar cenouras cortadas em rodelas ou pimentões picados. Quanto mais variações de legumes e vegetais coloridos no prato, melhor!

Por hoje é só.

Bon appetit!

Buscando alternativas

Parece que virou moda essa tal de doença celíaca. A triste verdade é que esse problema não é nada novo mas só agora está sendo tratado com a importância devida.  Por muitos anos as pessoas que sofrem por intolerância ao glúten, proteína presente no grão do trigo, eram impedidas de comer delícias como massas, pizzas e pães fresquinhos já que todos estes ingredientes tem como matéria base o trigo e seus derivados.

A notícia boa é que já estão surgindo diversas opções no mercado para reverter o problema. É possível encontrar pães, macarrões, farinhas e muitos outros ingredientes feitos à base de arroz ou quinoa, para citar apenas alguns exemplos. Este delicioso macarrão à base de arroz, que usei como ingrediente da receita de hoje, é uma ótima alternativa.

Fussili cremoso ao funghi secchi com ervilha

Fussili cremoso ao funghi secchi com ervilha

60 g de macarrão de arroz
15 g de funghi secchi
80 g de ervilha em conserva
1 dente de alho amassado
1/2 col. de sopa de farinha de arroz
30 ml de vinho branco
60 ml de caldo do funghi
1 polenguinho
azeite, sal e pimenta a gosto

Modo de preparo:
Aqueça 200 ml de água e tire logo antes de ferver. Despeje numa tigela e acrescente o funghi secchi para hidratar. Deixe reservado por pelo menos 20 minutos.
Ferva 500 ml de água e cozinhe o macarrão, como qualquer outro, até ficar al dente (aproximadamente 7 minutos). Escorra e reserve. Regue com um fio de azeite para não grudar.
Numa panela antiaderente, refogue o alho amassado com um fio de azeite até ficar aromático. Acrescente o funghi já hidratado e cortado em pedaços pequenos. Mexa para refogar um pouco e aquecer. Despeje o vinho branco e deixe ferver até secar quase todo o líquido.
Dissolva a farinha de arroz em 60 ml do caldo do funghi para tirar qualquer bolinha que formar. Acrescente à panela e mexa constantemente até engrossar. Junte a ervilha e o polenguinho e mexa para formar um molho cremoso. Por fim, despeje o macarrão reservado e mexa bem para incorporar todos os ingredientes. Sirva a seguir.

Como eu não sofro de intolerância ao glúten não tenho como ter certeza se os demais ingredientes desta receita são seguros para os celíacos pois não me preocupei totalmente com isso na hora de preparar. A minha intenção aqui era apenas mostrar que agora estão começando a surgir opções para que eles possam também saborear de mais algumas delícias na cozinha.

No fim esta receita pode ser preparada de maneira convencional com macarrão e farinha feitas de trigo. A combinação dos ingredientes e o molho cremoso que se formou no final ficou uma verdadeira delícia. Por coincidência também preparei este prato totalmente vegetariano. Mas se você quiser colocar um pouco mais de sustância vale acrescentar camarões grelhados por cima na hora de servir. Fica absolutamente sensacional.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Para aproveitar as sobras

Depois do final de semana que passou você pode até já estar de saco cheio de comer bacalhau. Já saturou, certo? Mas o que fazer com as sobras deliciosas que ficaram na geladeira? Parece até sacrilégio jogar fora um peixe tão delicioso que foi preparado com tanto carinho e custou tão caro.

Minha dica de hoje na verdade não foi concebida com restos de bacalhau e sim com a minha vontade de testar meus dotes culinários novamente. Foi minha primeira vez preparando bacalhau e fiquei bem feliz com o resultado (divino!). Mas a receita é bastante flexível e adapta-se super bem para usar aquele restinho de bacalhau em posta que sobrou do almoço de sexta ou domingo.

Risoto de bacalhau com aspargo

Risoto de bacalhau com aspargo

250 g de bacalhau cru desfiado
3/4 xíc. de arroz arbório
400 g de aspargos frescos
1 cebola pequena picada
2 dentes de alho picados
100 ml de vinho branco seco
2 col. de sobremesa de azeite
2 col. de sopa cheias de requeijão light

Modo de preparo:
Deixe o bacalhau de molho em água de um dia para o outro para dessalgar. Troque a água pelo menos 3 vezes antes de preparar o prato. Na hora que for começar, descarte a água do dessalgue e desfie bem o peixe.
Corte o aspargo em pedaços pequenos e cozinhe em 300 ml de caldo de galinha ou vegetais por 5 minutos até ficar al dente. Escorra e reserve o caldo do cozimento do aspargo. Ele será utilizado para preparar o arroz.
Aqueça uma panela antiaderente e refogue a cebola e o alho picados no azeite. Quando estiverem macios, acrescente o arroz e refogue mais um pouco. Despeje o vinho e deixe cozinhar até evaporar quase tudo. Acrescente 1/3 do caldo do cozimento do aspargo reservado e deixe o arroz cozinhando em fogo baixo mantendo apenas uma leve fervura. Mexa de vez em quando.
Quando o caldo tiver evaporado quase todo, acrescente mais 1/3 do líquido e junte o bacalhau desfiado. Caso seja necessário, coloque mais um pouco de líquido para que o peixe fique todo coberto. Continue mexendo de vez em quando e vá provando o arroz para ver se está no ponto certo. Caso já esteja quase pronto, aumente o fogo para que o caldo evapore mais rápido. Se for preciso, acrescente mais caldo quando este evaporar para continuar cozinhando o arroz até ficar al dente.
Quando o arroz estiver pronto, desligue o fogo e junte o aspargo e o requeijão light. Mexa bem para misturar tudo e deixar o risoto cremoso. Prove o sal e acrescente a gosto. Tampe a panela e deixe descansar por 5 minutos antes de servir.

Rende de 2 a 3 porções.

Como falei, criei esta receita pela minha vontade de preparar bacalhau pela primeira vez. Entretanto, ele pode ser feito sem o menor problema com os restos que tenham sobrado do almoço do final de semana. Neste caso, prepare o arroz do risoto da maneira tradicional e deixe para acrescentar o peixe já desfiado no final junto com o aspargo e o requeijão light.

Além de ter sido a primeira vez que preparei bacalhau, esta também foi a primeira receita que criei da minha cabeça. Usei umas outras que achei como inspiração e adaptei uma técnica já bastante conhecida de preparar risoto para incluir o bacalhau e fazer com que eles cozinhassem junto. Desta vez também não fiz o prato só para mim e todos que provaram disseram que estava uma delícia. E eu acreditei!

Por hoje é só.

Bon appetit!

Misturas práticas

De volta à rotina, segunda-feira é dia de preparar algo mais leve para compensar a comilança do final de semana. Neste caso, o estrago com certeza foi ainda maior já que ontem era o dia internacional de se atracar no chocolate. Espero que tenham se contido um pouco, né? Até porque mesmo coisas boas em quantidades absurdas nunca fazem bem para nossa saúde.

E já que os últimos três dias também com certeza foram intensos na cozinha, que tal preparar algo simples e que suje pouca coisa para lavar depois? Refeições de um prato só são uma ótima pedida para estes casos e esta em especial ficou tão saborosa que tenho certeza todos vão aprovar na primeira garfada.

Cubos de frango ao misso com arroz preto

Cubos de frango ao misso com arroz preto

1 peito de frango médio
1 col. de sopa de misso (pasta de soja)
1 dente de alho
1 col. de sobremesa de gengibre em pó
1/2 cebola pequena picada
1 col. de chá de molho de peixe tailandês
3 col. de sopa cheias de arroz preto já pronto
100 g de shitake fresco fatiado
1 col. de sopa de cebolinha picada
100 g de espinafre fatiado
2 claras
salsinha e shoyu a gosto

Modo de preparo:
Numa tigela, misture o misso com o dente de alho amassado e o gengibre em pó. Passe toda a mistura em volta do frango para que fique bem coberto. Enrole o peito de frango com papel filme com força até ficar bem fechado e apertado. Cozinhe numa panela à vapor durante 20 minutos certificando-se de que a água na parte de baixo não esteja tocando a panela de cima. Reserve o frango e o molho que se formou dentro do plástico.
Aqueça uma panela wok e despeje o molho de peixe, a cebola, o espinafre e o shitake. Mexa até começar a murchar. Junte o frango cozido cortado em pedaços e o molho reservado que se formou dentro do papel filme do cozimento do frango. Mexa até ficar quase pronto. Por fim junte o arroz já cozido, a cebolinha, as 2 claras e o shoyu a gosto. Mexa até que as claras estejam cozidas. Salpique salsinha a gosto e sirva a seguir.

Na receita original a sugestão era fazer com arroz integral tradicional. Entretanto, como já tinha arroz preto feito em casa resolvi usar os restos para não ter que me preocupar em fazer mais isso para o almoço. Da mesma forma, você pode aproveitar o arroz que tiver pronto em casa que sobrou do almoço de ontem. Facilita bastante a vida.

Caso queira preparar algum arroz novo para fazer esta receita, o integral é mesmo a melhor opção. No meu caso, como utilizei o arroz preto ele acabou manchando todo o prato com sua cor característica. O sabor ficou delicioso, mas confesso que a aparência meio “suja” pode ter deixado o prato menos apetitoso. Mas é apenas impressão, viu? Garanto que no fim ficou uma delícia!

Por hoje é só.

Bon appetit!

Tradições adaptadas

Segunda-feira já é um dia complicado. A semana começando, você tentando voltar a rotina de trabalho depois de um final de semana relaxante e sem muita preocupação. E nesse meio, ainda tem que decidir o que preparar para o almoço, fazer planos de cardápio e comprar os ingredientes. Desanimador, não?

O melhor jeito de fugir de tudo isso é escolher algo simples, prático, rápido e, principalmente, delicioso para preparar nessas segundas-feiras difíceis. Por isso, pratos compostos que servem como refeição completa são a melhor opção. Na maioria das vezes você suja apenas uma panela e só precisa se preocupar e pensar em fazer um único prato gostoso, caseiro e aconchegante. Melhor impossível

Arroz “sujo”

Arroz "sujo"

1/2 xíc. de chá de arroz sete grãos (ou algum outro arroz integral de sua preferência) cru
2 peitos de frango médios
1 cebola pequena
1 pimentão verde médio
1 pimentão vermelho médio
2 dentes de alho
sal, azeite, pimenta chili, tomilho e coentro a gosto

Modo de preparo:
Cozinhe o arroz de acordo com as instruções da embalagem e reserve. Corte os pimentões em pedaços pequenos e pique a cebola e os dentes de alho. Reserve. Tempere o frango com sal a gosto e corte em pedaços médios. Reserve.
Aqueça uma panela wok antiaderente em fogo médio e refogue o frango com um fio de azeite até começar a dourar. Acrescente a cebola e o alho e continue mexendo até amaciar os vegetais. Coloque os pedaços de pimentão na panela e mexa mais um pouco.
Adicione a pimenta chili e o tomilho a gosto e mexa bem para incorporar completamente. Se necessário, acrescente alguns pingos de água para ajudar a misturar bem os temperos. Por fim, despeje o arroz já pronto na wok e mexa bem para incorporar todos os ingredientes. Se quiser, pode acrescentar mais um pouco de pimenta chili para deixar o prato mais temperadinho. Sirva com folhas de coentro fresco picado por cima e floretes de brócolis ou couve-flor cozidos no vapor para acompanhar.

Rende 2 porções.

Prato típico do sudeste norte-americano (mais precisamente da região de Louisiana) a receita é feita tradicionalmente com fígado de galinha. Isso dá ao arroz uma cor de aspecto “sujo”, daí o nome da receita. Entretanto, o fígado pode ser substituído por peito de frango, como nesta versão, ou ainda por salsichas de frango ou peru caseiras.

O mais importante nesta preparação são os temperos. O clássico utilizado é a pimenta cayenne. Entretanto, por ser mais difícil de achar em supermercados comuns ela pode ser substituída pela pimenta chili sem maiores prejuízos ao sabor. O importante é ter uma pegada quente e picante para dar o gostinho tão delicioso dos pratos típicos dessa região.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Combinações saudáveis e deliciosas

Para noites preguiçosas ou dias corridos nada melhor do que uma salada completa para saborear no almoço ou jantar. Preparada com ingredientes práticos ou pré prontos, a facilidade com a qual esta receita é feita aumenta ainda mais. Tudo isso sem contar com o sabor incrível do produto final.

Além de fácil, este prato é recheado de saúde da melhor qualidade. Acrescentar grãos integrais variados no dia a dia é fundamental para manter uma alimentação balanceada e saudável. A sardinha é uma ótima fonte de proteína e do tão importante ômega 3, gordura boa responsável por aumentar o bom colesterol e diminuir o ruim.

Salada 7 grãos

Salada 7 grãos

1 prato de sobremesa de folhas verdes
3 a 4 col. de sopa de arroz Tio João 7 cereais + soja pronto
1 lata de sardinha
1 col. de sopa de azeitonas fatiadas
1 punhado de tomatinhos cereja cortados em quatro
1 col. de sopa de cogumelos paris em conserva
azeite e suco de limão a gosto

Modo de preparo:
Numa prato, arrume o mix de folhas verdes bem lavadas. Por cima, coloque as col. de sopa do arroz já pronto fazendo um monte no meio do prato. Coloque os pedaços de sardinha em cima e em volta do arroz. Decore com o restante dos ingredientes e regue com azeite e suco de limão a gosto. Sirva imediatamente.

Criei esta salada numa noite que não estava muito inspirada para preparar algo mais sofisticado ou complexo. Acabei abrindo a geladeira e procurando coisas que já tinha à mão e que combinassem entre si. Para arrematar, uma fruta funciona como ótima opção de sobremesa saborosa e saudável depois da salada.

Por mais prática e fácil que esta refeição seja, ela não funciona muito bem para viagem. Entretanto, isso não quer dizer que este prato não seja uma ótima opção para levar para o trabalho num dia corrido da semana. Neste caso, vale levar cada ingrediente em recipientes separados e guardá-los na geladeira. Assim, é só montar na hora de comer.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Quanto mais simples, melhor

Quando moramos sozinhos, as vezes o que mais buscamos na hora de preparar um prato é praticidade e facilidade. Mas encontrar algo que seja rápido e saboroso e dê apenas para uma pessoa pode ser complicado. Por isso, nada melhor do que deparar-se com uma única receita que cumpre com todas as exigências de uma alimentação balanceada. E mais, que seja deliciosa.

Para o meu almoço de hoje resolvi testar uma receita que encontrei na revista Cozinha Caseira Light. São várias em cada edição e todas super práticas e simples de fazer. O único problema é a quantidade de rendimento de cada prato. Mas fiz adaptações pequenas e cortei pela metade a porção de cada ingrediente para que desse só para mim mesmo. No fim, fiquei extremamente satisfeita com o resultado.

Arroz de forno

Arroz de forno

1/2 xíc. de chá de arroz integral cru
80 g de coxão mole picado (ou moído)
1 tablete de caldo de legumes
1/2 vidro de palmito picado
3 col. de sopa de milho verde em conserva
3 col. de sopa de cenoura em tirinhas
5 azeitonas verdes picadas
1 col. de chá de margarina light
sal, pimenta-do-reino e salsinha picada a gosto

Modo de preparo:
Unte um refratário com a margarina. Tempere a carne com sal e pimenta-do-reino a gosto. Misture todos os ingredientes dentro do refratário. Ferva 500 ml de água e dissolva o caldo de legumes. Acrescente o caldo ao refratário e leve ao forno médio (210ºC) por aproximadamente 1 hora. Certifique-se de que o arroz esteja bem cozido e a água tenha evaporado por completo. Salpique salsinha e pimenta-do-reino a gosto e sirva a seguir.

Rende de 2 a 3 porções.

Eu simplesmente amei esta receita. Ela é muito prática, super fácil de fazer, não gasta muito e, o melhor, não tem muita louça para lavar no fim. Isso sem contar que você pode substituir os acompanhamentos por qualquer coisa. Em vez de carne, pode usar frango. Em vez de milho, pode usar ervilha. Em vez de cenoura, vagem. Em vez de palmito, aspargos. As possibilidades são infinitas.

No fim, este arroz de forno não deixa de ser uma versão mais light do tradicional yakimeshi chinês. Ou seja, arroz misturado com carne e legumes. A diferença é que na versão oriental ele é frito e temperado com shoyu. Aqui, por ser assado no forno, reduz enormemente o valor calórico e a quantidade de gordura ingerida. E nada impede que você tempere com um pouco de shoyu antes de servir para dar aquele toque oriental ao prato.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Praticidade na cozinha

Sempre chamei de risoto apenas aquele clássico italiano feito com arroz arbóreo e muito queijo cremoso. Mas um dia vi uma receita de “risoto” que nada mais era do que arroz misturado com outros ingredientes. Deste então, ainda com certo receio, mas enfim, passei a chamar de risoto qualquer arroz incrementado. Não é que me abriu horizontes?

Pois bem. Ontem para acompanhar o Bife Rolê no almoço resolvi inventar um “risoto” modificado super simples. O motivo? Restos de ingredientes que tinha em casa. Não adianta, depois que a pulga da invenção na cozinha morde você, preparações inusitadas começam a surgir.

O resultado foi ótimo! Nunca fiz um arroz tão simples que tenha ficado tão saboroso. Aqui está a receita que inventei.

Risoto modificado de aspargo

Risoto modificado de aspargo

1 saquinho de arroz integral Taeq
4 talos de aspargo verde fresco
1/2 saquinho de tempero Meu Arroz
1 tablete de caldo de vegetais

Modo de preparo:
Ferva 500 ml de água numa panela antiaderente grande. Acrescente 1/2 saquinho de tempero Meu Arroz. Quando a água estiver borbulhando, coloque o saquinho de arroz integral e deixe cozinhar por 25 minutos. Retire o saquinho e deixe toda a água escorrer. Não despreze a água do arroz, mantenha ela na mesma panela. Reserve o arroz num recipiente.
Corte os aspargos em pedaços pequenos (aproximadamente 2 cm. cada um). Dissolva o caldo de legumes na mesma água do arroz e ferva. Quando estivar borbulhando, coloque os aspargos e deixe cozinhar por 8 minutos.
Coe os aspargos e devolva o arroz para a panela. Mexa bem para que os vegetais se misturem com o arroz. Ligue o fogo por apenas 2 minutos só para esquentar novamente o arroz. Sirva a seguir.

Sou fã desses saquinhos de arroz integral da Taeq. Para uma pessoa, são super práticos pois proporcionam de 3 a 4 porções sem precisar ficar cozinhando arroz todos os dias. E o melhor, não perde o sabor ao ser guardado na geladeira de um dia para o outro.

Além disso, como o arroz é parboilizado, cozinha bem mais rápido do que o arroz integral comum, que demora de 35 a 40 minutos para ficar pronto. Sem contar que o arroz integral é ótimo para quem quer seguir uma alimentação balanceada, pois proporciona inúmeros benefícios à saúde por ser rico em fibras e minerais essenciais.

No preparo do risoto, usei temperos prontos como o Meu Arroz e o caldo de legumes por praticidade. Outra opção é picar alho e cebola antes de cozinhar o aspargo e ferver junto com a água. Assim, acrescenta um gostinho na hora que estiver cozinhando. O bom desta receita é que ela é super fácil e pode ser feita com qualquer legume que você tiver sobrando em casa. Outra opção seria substituir o aspargo por cenoura, abobrinha, pimentão, vagem, ervilha torta. Enfim, qualquer coisa mesmo.

Por hoje é só.

Bon appetit!

Vivendo e aprendendo

Ontem era para ter sido um jantar perfeito. Entretanto, no dia a dia vamos aprendendo que a arte de cozinhar não é uma ciência exata e as vezes as coisas não saem exatamente como planejadas.

Convidei meus tios e meu primo para jantarem na minha casa e pretendia preparar um cardápio sofisticado, mas simples, saboroso e saudável. De entrada, uma salada verde com cenoura ralada e tomate cereja. Nada de muito elaborado e confesso que comprei aqueles pacotes que já vem pronto para facilitar minha vida. Depois, servi medalhões de filé mignon ao molho de hortelã acompanhados de arroz com tomate seco. Por fim, a sobremesa foi uma espécie de gelatina de café cuja receita havia achado na internet há meses e estava esperando uma ocasião especial para testar.

O jantar aconteceu e a comida estava gostosa, mas várias coisas deram erradas durante o preparo. Primeiro, a sobremesa precisava ser batida na batedeira e eu só tenho liquidificador. Nota mental: comprar uma batedeira! Não vou entrar em detalhes, mas não funcionou muito bem e o que era para ter sido misturado não misturou direito. No fim o sabor estava bom, mas não fotografei para mostrar porque não ficou com uma cara muito apetitosa. Da próxima vez que fizer, se der certo, tiro uma foto para compartilhar.

A carne também não saiu exatamente do jeito que queria pois acabou passando um pouco do ponto. Confesso que foi a primeira vez que fiz filé mignon e não calculei bem o tempo que precisava ficar no forno. Deixei 40 minutos a 230ºC e ela ficou “bem passada”, o que não chega a ser um grande problema para quem prefere assim. Mas como todos os convidados, inclusive eu, preferimos carne “ao ponto”, não atingiu as expectativas. Agora já sei que o tempo ideal de preparo são no máximo 25 minutos.

Já o molho de hortelã ficou um pouco forte demais. Talvez tenha colocado hortelã demais durante o preparo. Mas colocando bem pouquinho em cima da carne deixou o prato bastante saboroso e com gosto diferente do que estava acostumada. Para o arroz, usei aqueles de saquinho que basta acrescentar água e deixar cozinhar por 20 minutos. Nada de mistério e ficou uma delícia.

O bom é que vamos aprendendo a cada dia com as novas experiências na cozinha. E como estou aprendendo a inovar e inventar coisas a partir do que sobrou, para meu almoço de hoje resolvi pegar o filé do jantar e acrescentar um molho diferente. Desta vez, fiz um de mostarda light para acompanhar a carne e ramos de couve flor cozidas. Foi uma ótima solução para salvar o que talvez não tenha saído perfeito da primeira vez.

A seguir a receita do molho de mostarda do cardápio de hoje. As receitas que não funcionaram muito bem do jantar de ontem compartilho num outro momento quando testar de novo e aprimorar o que fazer para ficarem perfeitas.

Molho de mostarda light

Molho de mostarda light

1/2 dente de alho amassado
Suco de 1/2 limão
1 col. de sopa de mostarda amarela ou escura
1/2 col. de sobremesa de azeite
1/2 pote de iogurte desnatado (+/- 100g)
1 envelope de adoçante (ou 1/2 col. de chá)
sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo:
Em uma tigela misture com uma colher o alho, o suco de limão, a mostarda, o adoçante e o azeite. Em seguida, acrescente o iogurte a pimenta e o sal. Mexa bem até ficar com uma consistência homogênea. O molho fica bastante pastoso e muito saboroso.

Para quem é como eu e adora mostarda, vale colocar um pouquinho a mais para que o sabor fique mas acentuado. Já para quem preferir o molho um pouco mais fino, basta acrescentar água até atingir a consistência desejada. O bom desta receita é que possibilita a utilização do molho com praticamente qualquer coisa. Hoje usei para acompanhar filé e couve flor. Amanhã pretendo usar o que sobrou para temperar uma bela salada.

E como prometido, uma foto do meu almoço de hoje. Este sim ficou uma delícia!

Filé mignon ao molho de mostarda light, arroz com tomate seco e couve flor

Por hoje é só.

Bon appetit!